A bateria é um conjunto de tambores (de diversos tamanhos e timbres) e de pratos colocados de forma conveniente com a intenção de serem percurtidos por um único músico, denominado baterista, geralmente, com o auxílio de um par de baquetas, vassourinhas ou bilros, embora no caso de alguns executantes, possam também ser usadas as próprias mãos.
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História
O conjunto de instrumentos é geralmente usado nos estilos musicais jazz,hip-hop, rock e pop entre outros, tendo sido componente essencial da música contemporânea desde os década de 20 até ao surgimento da percussão eletrônica, quando se deu o aparecimento das primeiras baterias eletrônicas.
No começo dos anos 1900, bandas e orquestras tinham de dois a três percussionistas cada. Um tocava o bumbo, outro tocava a caixa e o outro tocava os blocos de madeira e fazia os efeitos sonoros. O desenvolvimento do pedal possibilitou que uma mesma pessoa executasse todas estas funções.
O primeiro pedal prático foi inventado em 1910. Willian F. Ludwig, que criou o primeiro modelo de madeira e logo depois, com o aumento da procura, passou a desenvolver junto com seu cunhado, Robert Danly, o modelo do pedal em aço que foi vendido para milhares de bateristas e serviu de base para criação dos modelos mais avançados que temos hoje.
Outra invenção aparentemente simples que possibilitou o surgimento da bateria foi a estante para caixa, que antes os bateristas usavam cadeiras para apóia-las ou dependurava nos ombros com uso de correias.
Uma vez que pedais e suportes para caixas práticos se tornaram disponíveis, um único baterista poderia executar o trabalho antes feito por três. E assim nasceu a bateria – ou trap set, como foi chamada inicialmente.
Nos anos 80, alguns fabricantes, tais como Simmons, Yamaha, Roland entre outros, criaram baterias eletrônicas que, além de sons pré-gravados, podiam também funcionar como samplers, gravando sons que depois são executados sempre que o instrumento é percutido.
Hoje, em evolução constante, a bateria recebe cada vez mais atenção de fabricas e engenheiros, que pesquisam junto aos bateristas para desenvolver o melhor modelo de cascos, baquetas, ferragens e pratos. As inúmeras fábricas crescem a cada dia no mundo e no Brasil e nós como admiradores desse instrumento devemos estar atualizados com essa evolução, buscando a cada dia conhecer mais o instrumento. Entre as marcas que fizeram história no Brasil incluem-se a Pingüim e a Gope (anos 60 e 70).Com o surgimento de novas tecnologias e a importação de ferragens e acessórios, novas fábricas na década de 1980, começam a fabricar somente os cascos em cedro, marfim e bapeva utilizado-se de ferragens americanas como a Luthier, RMV, Odery, Fischer. Incluem-se várias firmas de acessórios como a Ziltannam e a Octagon (pratos), Ibañes (baquetas), RMV e Lúmen (peles sintéticas), Rock Bag (cases e bags).
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Constituição
Não existe um padrão exato sobre como deve ser montado o conjunto dos elementos de uma bateria, sendo que, o estilo musical é por muitos indicado como uma das maiores influências perante o baterista no que respeita à disposição dos elementos, sendo que, a preferência pessoal do músico ou as suas condições financeiras ou logísticas;
Um surdo (designado também por tímbalo de chão ou timbalão de chão em Portugal).
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Pratos
Um chimbal (par de pratos de choque em Portugal, ou hi-hat, em inglês), acionados por meio de um pedal;
Um prato de condução (também conhecido pela designação em inglês ride ou swish), apoiado num suporte geralmente em forma de tripé;
Um ou mais pratos de ataque (os três tipos mais usados, com a designação em inglês: crash, splash e china), apoiados em suportes idênticos aos do prato prato de condução, colocados ao lado dos outros elementos.
A adição de tom-tons, vários pratos, pandeirolas, gongos, blocos de madeira, canecas, almofadas (pads) eletrônicas devidamente ligadas a samplers, ou qualquer outro acessório de percussão (ou não) podem também fazer parte de algumas baterias, de forma a serem produzidos diversos sons que se encontrem mais de acordo com o gosto pessoal dos músicos.
Alguns bateristas, tais como Neil Peart ou Terry Bozzio, elaboraram conjuntos de bateria fora do normal, utilizando-se de diversos elementos, tais como rototós, bidões, gongos ou tom-tons afinados em correspondência com notas musicais, possibilitando ao baterista, para além da execussão rítmica, contribuir melodicamente para a música. A década de 80 foi prolífica no surgimento destes conjuntos fora do normal, apreciados pelos amantes da bateria, um pouco por todo o mundo.
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Materiais de construção
De uma forma geral, os tambores das baterias são construídas em madeiras seleccionadas, podendo também encontrar-se elementos construídos à base de plásticos, metais e/ou outras ligas.
Diversos fabricantes têm efectuado diversas experiências de forma a obter os melhores sons a partir da madeira, tendo concluído que, o mogno, a bétula e o plátano produzem as madeiras mais aceitas para a construção destes instrumentos. Já em relação às tarolas (caixas), as ligas metálicas baseadas em aço, latão ou cobre são as preferências dos modelos de entrada de gama, embora os modelos fabricados em madeira de bétula e plátano tenham melhor aceitação nos modelos de topo de gama.
No Brasil, apesar de um certo atraso em relação ao produtos americanos e europeus , desde a década de 60 a indicios da fabricação de baterias pré - montáveis. Originalmente usava-se o Cedro como materia para a produção de cascos e casualmente o Marfim . Hoje a indústria brasileira já inova neste conceito utilizando de madeiras certificadas como a Bapeva que é uma madeira com o dobro de densidade do Maple americano (o mais utilizado para a produção de cascos de bateria) , ou seja , mais dura e mais resistente.
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Postura do músico
O baterista toca no instrumento sentado sobre um banco, de forma a manter a caixa entre as pernas que deverão ficar por isso ligeiramente abertas. No caso de bateristas destros, o pé esquerdo assentará sobre o pedal do chimbal e o direito sobre o do bumbo, sendo que, muitos bateristas canhotos adoptam uma postura simetrica a esta.
Alguns bateristas usam um segundo bumbo, ou um pedal duplo, percutido através do pé que geralmente acciona o chimbal, sendo necessárias o uso de algumas técnicas adicionais, de forma a conseguir manter a coordenação entre os diferentes ritmos musicais que a música eventualmente possa exigir.
Toda a técnica de um baterista se resume no aprendizado e prática dos Rudimentos(utilizado tanto para mãos quanto para os pés).Lembre-mos que a origem do baterista veio das bandas militares norte-americanas e da percussão sinfônica(onde se utilizam instrumentos tais quais o Tímpano,a caixa clara,os pratos,gongos e tãn-tãns) que se utilizavam dos rudimentos.Os rudimentos são toques alternados de ambas as mãos(direita e esquerda)que podem ser adaptados para os pés.Segundo o PAS(Percussive Arts Society)que é a sociedade regulamentadora da divulgação e estudo sistematico da bateria, os rudimentos se dividem em quatro: "Single Strokes"(Batidas simples onde se alternam mão D e mão E)"Double Strokes"(Batidas duplas onde se alternão mão D e mão E)"Paradiddles"(combinação de batidas simples e duplas)"Flams"(Apogiatura feita com ambas as mãos mais combinações)"Drags"(Apogiatura feita com ambas as mãos mais combinação).Cada um desses Rudimentos se subdividem em mais dez rudimentos diferenciados totalizando 40 Rudimentos básicos para o desenvolvimento técnico do baterista.
Todos os rudimentos combinados com o estudo de aplicação ritmica coordenatória de ambas mãos e pés, perfazem todo o conceito musical de baterista.Inicialmente reconhecido apenas como músico de acompanhamento, através do Jazz e da música de improvisação o mesmo teve destaque mundial atavés de dois grande bateristas americanos:Buddy Rich e Gene Krupa.Músicos que lideravam suas próprias orquestras, eles estrapolaram a linguagem da bateria em temas clássicos do Jazz como "Caravan" e "Sing,Sing,Sing".Mais tarde na década de 60 com o surgimento do Jazz Rock e do Fusion, esta linguagem abrangeu-se através de bateristas como Billy Cobham e Steve Gadd e no Rock n Roll através de Ringo Starr,Jonh Henry Bonham e Ian Paice.